quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vá de retro, bixa, trava!

Não bastasse o preconceito que gays, lésbicas, crossdressers, travestis, transexuais e transgêneros sofrem por parte do mundo de um modo geral, tem o preconceito do grupo contra seu próprio grupo.
Hoje quero falar sobre o preconceito que os gays têm com os tipos de gays.
Em primeiro plano aparecem os gays que gongam as gays folclóricas ou as ploc-ploc que arrasam na gola V, na skinning, corte militar e na bolsa goóc. Eu não consigo entender por que esse último grupo é tão estigmatizado pelo outro grupo que vive na academia e "arrazam" na gola polo, corte social, sapatênis e na calça slim.


O mesmo acontece com as sapatões quando veem as mesmas bilús folclóricas, riem, fazem zoeira e até xingam.
Mas talvez o grupo mais apedrejado seja o das travestis!
É muito comum serem atribuídas a elas clichês como: "pode até ser viado, mas não querer ser mulher". Ou ainda quando são naturalmente associadas à prostituição.
Em uma parada gay quando elas passam, as bichas saem de perto e torcem o nariz.
Um grande erro dos viados é achar que existe menos gay e mais gay. Isso não existe! Coloquem isso na cabeça.
É sinistro quando um grupo se usa de machismo para tentar se sentir melhor do que o outro gay que quer se expressar livremente, que quer usar o pó na cara, quer passar lápis no olho e imitar a Beyoncé.
Por que apedrejar assim como as pessoas em geral já fazem?
Essa tentativa errônea de se afastar do grupo atacando-o só afirma e aumenta o olhar preconceituoso sobre as minorias, e é isso que as bixas fazem quando riem da gay que anda rebolando, quando se afasta da travesti, quando a sapatão xinga o viadinho.
PRECONCEITO.
Enquanto uns lutam para a igualdade, respeito, direito da expressão livre, aparece um Marcelo Antony aplaudindo seu personagem gay e dizendo que o Eron tem que ser gay mas não precisa ser afeminado.
Óbvio que não! Mas ao dizer isso e fazer com que outros gays aplaudam sua fala, só deixa ainda mais o rastro de segregação, pois é muito difícil um gay que não dê ao menos um mínimo de pinta.
Não que os gays tenham que ser ploc-ploc, mas o que estou dizendo é que os gays têm que aprender a se colocar no seu grupo com respeito, e não rir quando o hétero faz uma piada idiota sobre a gay folclórica.

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