domingo, 16 de junho de 2013

Deixa eu te trair só de fachada?

Demorou, mas voltei!
Vim compartilhar um momento divã com um amigo que estava desesperado, então decidi ouvi-lo, aí imaginei que de repente algumas pessoas já passaram, estão passando ou ainda irão passar por isso. Ele me autorizou contar aqui, desde que eu use nomes fictícios.
Vem ler, viado!

Quando eu conheci o Rodolfo, eu estava em um momento bem promíscuo da minha vida, tinha acabado de me assumir gay para muitas pessoas, e estava a fim de passar na cara de muita gente o que eu era, e de quebra sair passando o rodo por aí, então, longe de mim namorar.

Mas quando o Rodolfo apareceu, fiquei muito interessado nele. Ficamos uma vez, duas, três, até que decidimos namorar.
Eu curtia muito ele, só que os problemas apareceram quando conversamos na real, quando eu disse que estranhava por ele nunca poder sair comigo para lugares públicos. O motivo era óbvio: ele era encubado e de família de evangélicos.
No começo eu achei natural, já que eu também tive minha fase de me esconder, e como eu estava de verdade a fim de continuar com ele, decidi enfrentar isso, mas eu mal sabia que ali começava meu drama.
Aceitar nunca sair com ele em público era mais ou menos tolerável, mas em um belo dia ele veio me contar que estava prestes a começar a namorar uma menina que estava a fim dele. Eu fiquei muito irritado. Mas ele me explicou que seria só de fachada, que era porque os pais dele já estavam questionando demais o fato de ele não ter namorada, que ele precisava manter a mentira e que eu tinha que entender.
Bom, como eu estava já apaixonado, aceitei, mas os problemas aumentaram, porque depois que ele começou a namorar essa menina para disfarçar, essa garota se tornou minha maior inimiga, sem nem nos conhecermos, porque sempre que eu convidava o Rodolfo para fazer algo, ou quando eu queria vê-lo, ele dizia que não podia porque tinha que sair com a “namorada”, tinha horas que não me atendia e muito tempo depois retornava a ligação e dizia que não atendia porque estava com a tal “namorada”. Pensei em dar um ultimato a ele: ou ela ou eu. 

Quando falei isso pra ele, ele ficou mal e disse que eu não estava o entendendo, que ele me queria, que ele me amava, que eu precisava dar tempo a ele de ajustar as coisas, ele até chorou, aí eu acabei cedendo.
Passou mais um tempo e os problemas continuavam, e ele não se decidia, até que em um belo dia reencontrei um amigo que não via há tempos e no meio da atualização das conversas saiu o nome do Rodolfo.
Sem saber, meu amigo falou dele e de um namorado que ele tinha, e que não era eu.
Isso mesmo! O Rodolfo tinha além de uma namorada, outro namorado.
Agora eu estou sofrendo porque eu estou apaixonado e não sei se devo me afastar dele porque sei que vou sofrer muito. 


Bom, a primeira coisa que eu digo: fuja desse homi!
Gente, como essa bilú ainda tem dúvida se vai se afastar ou não depois de tudo? Complicado!
Eu sei que tem a parada do sentimento, mas, bixa, cadê seu amor próprio?
Eu acho muito estranha essa relação que as pessoas mantêm de submissão, de estar confortável com isso. Nosso amigo até demonstrou descontentamento com essa situação, mas agüentou tudo e ainda quer agüentar mais.
Eu sou a favor de nossa liberdade sentimental, nosso amigo se disse livre para passar o rodo, mas deixou essa libertinagem liberdade para trás por causa de uma pessoa que estava mesmo a fim de zoar com ele.
Querida, saia dessa! Você não é tão incapaz assim de ser feliz sem ele. Se ele te enganou, engana a família, engana a racha que está com ele e ainda engana esse outro boy, tenha certeza de que ele não terá pudores de continuar te enganando.



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