Demorou,
mas voltei!
Vim
compartilhar um momento divã com um amigo que estava desesperado, então decidi ouvi-lo,
aí imaginei que de repente algumas pessoas já passaram, estão passando ou ainda
irão passar por isso. Ele me autorizou contar aqui, desde que eu use nomes fictícios.
Vem
ler, viado!
Quando eu conheci o Rodolfo, eu estava em um
momento bem promíscuo da minha vida, tinha acabado de me assumir gay para
muitas pessoas, e estava a fim de passar na cara de muita gente o que eu era, e
de quebra sair passando o rodo por aí, então, longe de mim namorar.
Mas quando
o Rodolfo apareceu, fiquei muito interessado nele. Ficamos uma vez, duas, três,
até que decidimos namorar.
Eu curtia muito ele, só que os problemas apareceram
quando conversamos na real, quando eu disse que estranhava por ele nunca poder
sair comigo para lugares públicos. O motivo era óbvio: ele era encubado e de
família de evangélicos.
No começo eu achei natural, já que eu também tive
minha fase de me esconder, e como eu estava de verdade a fim de continuar com
ele, decidi enfrentar isso, mas eu mal sabia que ali começava meu drama.
Aceitar nunca sair com ele em público era mais ou
menos tolerável, mas em um belo dia ele veio me contar que estava prestes a
começar a namorar uma menina que estava a fim dele. Eu fiquei muito irritado.
Mas ele me explicou que seria só de fachada, que era porque os pais dele já estavam
questionando demais o fato de ele não ter namorada, que ele precisava manter a
mentira e que eu tinha que entender.
Bom, como eu estava já apaixonado, aceitei, mas os
problemas aumentaram, porque depois que ele começou a namorar essa menina para
disfarçar, essa garota se tornou minha maior inimiga, sem nem nos conhecermos,
porque sempre que eu convidava o Rodolfo para fazer algo, ou quando eu queria vê-lo,
ele dizia que não podia porque tinha que sair com a “namorada”, tinha horas que
não me atendia e muito tempo depois retornava a ligação e dizia que não atendia
porque estava com a tal “namorada”. Pensei em dar um ultimato a ele: ou ela ou
eu.
Quando falei isso pra ele, ele ficou mal e disse
que eu não estava o entendendo, que ele me queria, que ele me amava, que eu
precisava dar tempo a ele de ajustar as coisas, ele até chorou, aí eu acabei
cedendo.
Passou mais um tempo e os problemas continuavam, e
ele não se decidia, até que em um belo dia reencontrei um amigo que não via há
tempos e no meio da atualização das conversas saiu o nome do Rodolfo.
Sem saber, meu amigo falou dele e de um namorado que
ele tinha, e que não era eu.
Isso mesmo! O Rodolfo tinha além de uma namorada,
outro namorado.
Agora eu estou sofrendo porque eu estou apaixonado
e não sei se devo me afastar dele porque sei que vou sofrer muito.
Bom,
a primeira coisa que eu digo: fuja desse homi!
Gente,
como essa bilú ainda tem dúvida se vai se afastar ou não depois de tudo?
Complicado!
Eu
sei que tem a parada do sentimento, mas, bixa, cadê seu amor próprio?
Eu
acho muito estranha essa relação que as pessoas mantêm de submissão, de estar
confortável com isso. Nosso amigo até demonstrou descontentamento com essa
situação, mas agüentou tudo e ainda quer agüentar mais.
Eu
sou a favor de nossa liberdade sentimental, nosso amigo se disse livre para
passar o rodo, mas deixou essa libertinagem liberdade para trás por causa de
uma pessoa que estava mesmo a fim de zoar com ele.
Querida,
saia dessa! Você não é tão incapaz assim de ser feliz sem ele. Se ele te
enganou, engana a família, engana a racha que está com ele e ainda engana esse
outro boy, tenha certeza de que ele não terá pudores de continuar te enganando.
Pisa ni mim, pisa ni mim, rsrs
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